Obras:
Waltercio Caldas Júnior (Rio de Janeiro RJ 1946). Escultor, desenhista, artista gráfico, cenógrafo.
No início dos anos 1960 se interessa pela arte e passa a freqüentar exposições no Rio de Janeiro. Estuda com Ivan Serpa (1923 - 1973), no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro - MAM/RJ, a partir de 1964. O dia-a-dia das aulas e as visitas ao acervo do museu o aproximam da produção moderna e contemporânea. Em 1967, começa a trabalhar como desenhista técnico e diagramador da Eletrobrás e participa de sua primeira exposição coletiva profissional, na Galeria Gead. Na época desenha e faz maquetes de projetos arquitetônicos improváveis.
Em 1969, realiza os Condutores de Percepção, trabalho que é chave em sua carreira. Com ele, inicia uma série de obras feitas a partir da inserção de objetos rotineiros em estojos bem-cuidados com uma plaqueta onde se lê o nome do trabalho, elemento definidor da obra. Esses trabalhos são montados na sua primeira individual, no MAM/RJ, em 1973, com ótima repercussão. Segundo o crítico de arte Ronaldo Brito, as obras expostas são "muito menos objeto de contemplação do que uma forma ativa de veicular um pensamento, de produzir uma crise nos hábitos mentais do espectador".
Em 1975, faz a individual A Natureza dos Jogos, no Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand - Masp. Traz 100 obras, entre desenhos, objetos e fotografias. Três anos mais tarde, realiza esculturas, como Convite ao Raciocínio e Objeto de Aço. Em 1977 renuncia à indicação para a Bienal de Veneza, por questão político-cultural. Nessa época, cria obras que comentam trabalhos de nomes consagrados da história da arte. Realiza a Experiência Mondrian e Talco sobre Livro Ilustrado de Henri Matisse. Este último trabalho dá inicio a outras obras feitas com base em livros, como Aparelhos (1979), Manual de Ciência Popular (1982) e Velázquez (1996).
A partir da década de 1980, o artista cria maior número de instalações. Em 1980, realiza Ping Pong, e 0 É Um. Três anos depois expõe A Velocidade, na 17ª Bienal Internacional de São Paulo. Ao mesmo tempo trabalha em uma série de esculturas. E se dedica, basicamente, a essa modalidade na segunda metade da década. Faz vídeos, desenhos e intervenções quase invisíveis no espaço; mas sua atividade primordial é a escultura.
Em 1989, instala a sua primeira escultura pública: O Jardim Instantâneo no Parque do Carmo, em São Paulo e cinco anos depois produz outra peça em espaço aberto: Omkring, na Noruega. Em 1996, realiza o monumento Escultura para o Rio, no centro do Rio de Janeiro, onde se evidencia uma síntese de seu trabalho: a sutileza conceitual que sempre o caracterizou, aliada a uma capacidade de mobilização de espaço público.
Representa o Brasil na 47a Bienal de Veneza em 1997, onde apresenta A série Veneza no pavilhão brasileiro. Participa da I Bienal de Artes Visuais do Mercosul, Porto Alegre, com a instalação Lugar para uma pedra mole, exposta anteriormente no evento paralelo à ECO-92, no MAM, Rio de Janeiro.
Em 2007 participa da 52a Bienal de Veneza – “Pensa con i sensi, senti con la mente” – expondo a obra Half mirror Sharp, no Pavilhão Itália, a convite do curador geral da bienal, Robert Storr.
Participa da Bienal “Entre abierto”, Cuenca, Equador, em 2011, da qual recebe o prêmio com a obra Parábolas de superfície; e da coletiva “Art unlimited – what is world. What is not”, Art /42 / Basel, Suíça.
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