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 Obras:



Sergio Lucena, 1963, paraibano, estudou Física e Psicologia na Universidade Federal da Paraíba.

Iniciou sua formação artística aos 17 anos sob orientação informal em pintura e desenho com o artista Flávio Tavares. Autodidata, Lucena ao longo da sua carreira obteve prêmios nos principais salões do país, participou de workshops, intercâmbios e residências em Berlim, Washington DC, Seattle WA, e Dinamarca com exposições em galerias e instituições de arte do Brasil e exterior.

Seu trabalho consta em acervos de instituições brasileiras e internacionais. Em 2012 recebeu o Prêmio Mário Pedrosa, como Artista Contemporâneo de 2011, da Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA).

Desde de 2003 o artista vive e trabalha em São Paulo – SP.

Exposições individuais

2018
Commom Place
Sergio Lucena e Thenjiwe Nkosi. Mariane Ibrahim Gallery. Curadoria: Mariane Ibrahim. Seattle, WA, EUA

2017
Sergio Lucena Silente
Galeria Eduardo Fernandes. Curadoria Eduardo Fernandes. Apresentação Julia Lima. São Paulo, SP

2016
Paisagem Tempo
Escritório de Arte Marcela Bartolomeo. Curadoria Flávia Azevedo e Rodrigo Villela. Belo Horizonte, MG
É como o Vento
Galeria Mezanino. Curadoria Julia Lima. Apresentação Fábio Magalhães. São Paulo, SP

2015
Ænigma
Mariane Ibrahim Gallery. Curadoria Mariane Ibrahim. Seasle, WA, EUA

2014
Horizonte Comum
Usina Cultural Energisa. Curadoria Julia Lima. Prêmio Energisa de Artes Visuais. João Pessoa, PB

2011
O Mar de Sergio Lucena
Centro Cultural Correios. Curadoria Cláudia Lopes. Apresentação Enock Sacramento. Salvador BA e Rio de Janeiro, RJ
Códigos
Galeria Lourdina Jean Rabieh. Apresentação José Neistein. Curadoria Lourdina Jean Rabieh. São Paulo, SP

2009
Cenas da Vida de um Pintor
Espaço Cultural CiTI - CitiBank Institution. Curadoria Jacob Klintowitz. São Paulo, SP

2008
O Bestiário Fantástico de Sergio Lucena
FIEO Universidade. Curadoria José Roberto Teixeira Leite. Osasco, SP

2007
Luz e Silêncio
Galeria JOSLAVIERO&GUEDES. São Paulo, SP
Deuses
Museu da Escultura Brasileira (MuBE). Curadoria Jacob Klintowitz. São Paulo, SP

2001
Sergio Lucena pinturas
Brazilian-American Cultural Institute Inc. (BACI). Curadoria José Neistein. Washington DC, EUA.

1999
Galeria de Máscaras
Centro Cultural São Francisco. Curadoria Gabriel Bechara Filho. João Pessoa, PB

1997
Sergio Lucena 15 anos de pintura.
Núcleo de Arte Contemporânea – NAC. Curadoria Gabriel Bechara Filho. João Pessoa, PB

1991
Sergio Lucena Pinturas
Galeria Gamela. Curadoria Prof. Hermano José Guedes. João Pessoa, PB

1990
Sergio Lucena Pinturas
Laden Galerie. Curadoria Frau Caroline Müller. Berlim, Alemanha

1986
Sergio Lucena Pinturas e Desenhos
Galeria Gamela. Curadoria Prof. Hermano José Guedes. João Pessoa, PB

Principais exposições coletivas

2018
Armorial – Da Pedra do Reino ao Ponteio Acutilado
Gilvan Samico, Sergio Lucena, Romero de Andrade Lima, Circo Branco, Gustavo Moura. Caixa Cultural Recife. Curadoria: Claudinei Roberto Kunsthal Vejle Project
Curadoria Britta Egebjerg e Lene Juhler. Vejle, Banegardspladsen, Dinamarca

2017
Os Desígnios da Arte Contemporânea no Brasil
Museu de Arte Contemporânea da USP (MAC-USP). Curadoria José Marton. São Paulo, SP

2015
Admirável Mundo Novo, Admirável Mundo Velho, Ukiyo-e
The Adashi Ins;tute of Woodcut Prints. Curadoria Jacob Klintowitz. Tókio, Japão – São Paulo, Brasil
In the Meantime
Galeria Tina Zappoli. Curadoria Tina Zappoli e Marinho Neto. Porto Alegre, RS
Dream Dealers
Galeria Mezanino. Curadoria Renato De Cara. São Paulo, SP

2014
Gato Mia, Cachorro Late e Ego Mata
Galeria Tina Zappoli. Curadoria Tina Zappoli e Marinho Neto. Porto Alegre, RS
O Melhor de Cada Um
André Albuquerque, Francisco Hurtz, Francisco Maringelli, Jaime Prades, Mauricio Parra, Sergio Kal, Sergio Lucena, Sergio Niculitchef, Ulysses Bôscolo. Galeria Mezanino. Cutradoria Renato de Cara. São Paulo, SP
Entrecopas: Arte Brasileira 1950-2014
Museu Nacional do Conjunto Cultural da República. Curadoria Wagner Barja. Brasília, DF

2013
Performances da Memória
Danielle Noronha, Emídio Contente, Leo Sombra, Mônica Toledo, Sergio Kal, Sergio Liucena. Galeria Mezanino. Curadoria Renato De Cara. São Paulo, SP
Primeira Vista 2013
Sergio Lucena, Maria Tuca, Sofia Caesar, Fabio Kohler, Julieta, Camila Soato. AMARELONEGRO. Curadoria Cláudio Rosado Torres. Rio de Janeiro, RJ

2011
Dialógicos – Sergio Lucena, Katja Loher, Monique Allain, Dacio Bicudo
Galeria Lourdina Jean Rabieh. Curadoria Lourdina Jean Rabieh. São Paulo SP

2010
Mar – Pintura Sergio Lucena, Fotografia Alberto Alves
Espaço Cultural Lugar Pantemporâneo. Apresentação Leila Kiyomura. São Paulo, SP
Auto Retrato e “Auto Retratos”
Espaço Cultural Lugar Pantemporâneo. São Paulo, SP
Lugar
JoSlaviero&Guedes Galeria de Arte. Curadoria Olívio Guedes. São Paulo, SP

2008
O Momento Mágico da Criação
Espaço Cultural CiTI - CitiBank Institution. Curadoria Jacob Klintowitz. São Paulo, SP
O Nu
JoSlaviero&Guedes Galeria de Arte. Curadoria Olívio Guedes. São Paulo, SP
Faces do Realismo
Espaço Cultural CiTI - CitiBank Institution. Curadoria Jacob Klintowitz. São Paulo, SP

2007
Workshop Internacional de Artes Visuais de São Paulo.
Instituto AUM, Cultural Blue Life, Remisen Akademi. Brande/Dinamarca. São Paulo, SP

2005
XIII International Workshop
Seguida de exposição. Remisen Akademi. Brande, Dinamarca

2002
Amor meu grande Amor.
Galeria Val de Almeida Jr. Curadoria Val de Almeida Jr. São Paulo, SP
1° Feira Internacional de Arte – SP Brasil.
Oca - Ibirapuera. Galeria Val de Almeida Jr. São Paulo, SP

2001
A Poética da Morte na Cultura Brasileira.
Museu de Arte de Santa Catarina. Curadoria João Evangelista de Andrade Filho. Florianópolis, SC

1999
Arte Paraibana Três Décadas de Pintura.
Centro Cultural São Francisco. João Pessoa, PB

1998
Artistas das Três Américas.
Museum of the Américas. Organização dos Estados Americanos (OEA). Washington DC, EUA

1992
Alemanhã Hoje
Laden Galerie. Curadoria Frau Müller. Berlim, Alemanha

1989
Surrealismo no Brasil.
Pinacoteca do Estado de São Paulo. Curadoria José Roberto Teixeira Leite. São Paulo, SP

1988
Arte Atual Paraibana
Fundação Espaço Cultural (FUNESC). João Pessoa, PB

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Beleza. Pureza. Sutileza.

Busco nunca perder de vista o aspecto concreto da minha relação com o mundo. Quando penso nos conceitos que substanciam minha pintura, a exemplo da beleza, que é um conceito subjetivo, procuro alicerçar o pensamento em bases materiais sólidas, representadas nos elementos da minha prática de pintura: óleo, pigmentos, telas, etc. O que para mim dá corpo conceitual à pintura, é a materialização da própria pintura.

Como artista, a dimensão humana é o meu tema. Interessa-me no ser humano sua integridade, visto que dela depende sua integração com a natureza e o cosmos. Observo que vivemos separadamente em dois polos: o mundo natural das paixões sensíveis e o mundo inspirado por ideias. A cisão dessas duas esferas da realidade encontra na beleza um lugar de apaziguamento. Ela atuaria dissolvendo essa contradição humana, propiciando a comunhão do conhecimento sensível com o conhecimento racional. Nesse sentido vejo a beleza como um importante instrumento para lidar com o destino, naturalmente trágico, do ser humano.

Essa possibilidade de comunhão me desafia a conceber uma pintura cuja qualidade essencial seja a pureza. Refiro-me à pureza não no sentido ordinário de estado, ou qualidade do que é puro, límpido, sem mistura, mas como necessidade de princípios intelectuais puros na condução do meu pensamento, o que me parece imprescindível para alcançar a pintura que busco; uma pintura que me permita a interação com a totalidade, com tudo o que sou e o que me cerca, a interação com o Uno. Essa pintura é também uma atitude, um posicionamento frente à vida onde não cabem imposturas, violência ou autoritarismo. A força e o poder da pureza residem numa postura sutil, na sutileza dos gestos e ações e na total ausência de voluntarismo. As paixões sensíveis e as idealizações utópicas se acomodam, então, num acordo tácito, propiciado pelo puro encantamento da beleza.

Considerando o impacto desse pensamento em minha vida, comportamento, forma de ver o mundo e na minha pintura, pude aferir que beleza, pureza e sutileza, frente aos excessos que caracterizam o nosso tempo, assumem um importante e radical papel político no mundo contemporâneo e configuram, portanto, o tripé conceitual da minha pintura.

Sergio Lucena

15 de Agosto de 2019