Obras:
Siron Franco é pintor, desenhista e escultor, Siron Franco nasceu em Goiás Velho, GO, em 1947. Passou sua infância e adolescência em Goiânia, tendo sua primeira orientação de pintura com D.J. Oliveira e Cleber Gouveia. Começou a ganhar a vida fazendo e vendendo retratos. A partir de 1965, decidiu concentrar-se no desenho, seguindo os esboços grotescos e irreais que tinha em mente. Entre 1969 e 1971 residiu em São Paulo, freqüentando os ateliês de Bernardo Cid e Walter Levi, em São Paulo e integrando o grupo que fez a exposição Surrealismo e Arte Fantástica, na Galeria Seta.
Após ganhar o prêmio Viagem ao Exterior no Salão de Arte Moderna em 1975, viajou pela Europa entre 1976 e 78. Dono de uma técnica impecável dá uma atmosfera dramática a seus quadros com a utilização de tons escuros, cinza e marron. Com mais de 3.000 peças criadas, além de instalações e interferências, teve sua obra representada em mais de uma centena de coletivas em todo o mundo, incluindo os mais importantes salões e bienais.
Siron Franco é um artista muito ligado às questões sociais: quando do acidente com o césio 37, elemento radioativo que causaria grandes danos de saúde a pessoas pobres de Goiânia, o artista pintou série intitulada “Césio”, atuando contra o descaso das autoridades diante do desamparo dos cidadãos. Os povos indígenas também foram tema de um memorial feito por Siron Franco, em respeito e homenagem ao contínuo massacre dessas populações. A devastação da natureza também seria um de seus motivos, denunciando a caça e a matança de animais.
Esses temas seriam desenvolvidos em esquemas inusitados, por vezes instalações, de uma criatividade peculiar ao artista ligado às questões do seu tempo. Por outro lado, o artista possui um domínio técnico que o possibilita o desenvolvimento da própria linguagem artística, ao par de todas as questões sociais e temáticas.
Cronologia
1947 - Nasce em 25 de julho Gessiron Alves Franco, o filho mais novo entre dez, de Constâncio Altino Franco, trabalhador rural, posteriormente barbeiro de profissão, e sua mulher Semíramis França.
1950 - A família muda-se para Goiânia, onde ficam estabelecidos no Bairro Popular, de classe média baixa, pelos próximos vinte anos. Foi exatamente nessa localidade que ocorreu em 1987 o conhecido "Acidente radioativo de Goiânia", provocado pela exposição do elemento químico Césio-137. Este acidente foi posteriormente abordado pelo artista em uma de suas obras mais importantes e conhecidas, a Série Césio.
1962 - Pratica desenhos de maneira autodidata e aprende pintura a óleo. Executa os primeiros trabalhos pelos quais recebe remuneração, principalmente retratos. Lava pincel para DJ Oliveira, com quem desenvolveu sua técnicas, pode a ingratidao sempre o inpediu de reconhece esta face de sua vida artisica.
1967 - Realiza o retrato da mulher do Governador de Goiás e, a partir de então, diversos outros de figuras da alta sociedade. Primeira exposição individual de desenhos, no Hotel Bandeirante.
1968 - Expõe na Segunda Bienal da Bahia, sagrando-se vencedor do Prêmio de Aquisição.
1969 - Segunda exposição na Fundação Cultural em Brasília. Ainda faz retratos e quadros sacros por encomenda, para sustentar-se financeiramente.
1970 - Casamento com Goiaci Milhomen. Nascimento do primeiro filho, Andre Milhomen Franco. Freqüenta os ateliês de Bernardo Cid e Walter Levy, em São Paulo. Integra o grupo que faz a exposição "Surrealismo e Arte Fantástica", na Galeria Seta, onde apresenta as obras Eros e Tânato.
1971 - Volta a morar em Goiânia, com sua família. Primeira exibição individual no Rio de Janeiro, no Iate Clube da cidade.
1972 - Nascimento da primeira filha, Erika Milhomen Franco. Exposição individual na Galeria Porta do Sol, Brasília. Exposição no Iate Clube do Rio de Janeiro.
1974 - Nasce em Goiânia, no dia 15 de junho, Jean Milhomem Franco, o terceiro, e último, filho de Siron com Goiaci.
1976 - Reside entre capitais europeias e o Brasil.
1979 - Projeto "Ver-A-Cidade", interferências no espaço urbano de Goiânia.
1985-1987 - Em 19 de junho nasce Nina Rattis Franco, a quarta dos filhos de Siron com sua Segunda mulher, Rosana. Direção de arte do documentário "Xingu", dirigido e apresentado por Washington Novaes, que foi exibido em rede nacional de televisão, com grande repercussão, sobre a vida dos índios habitantes de aldeias no Parque Indígena do Xingu.
1993 - Participou de duas exposições coletivas: "Searching for self-identity", na University of Essex Art Gallery e "A árvore de cada um", na Galeria Montesanti, em São Paulo. Em agosto fez uma mostra individual na Gaymu Inter Art Galerie, em Paris e, em dezembro, para o Dia Internacional da AIDS, criou um rosário com oitenta metros de comprimento, que foi carregado em procissão por um numeroso grupo de pessoas pelo centro de Goiânia.
1994 - Participação em oito exposições coletivas: "Cem anos de arte brasileira", no Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro. "Vida e arte do circo", na Pinacoteca do Estado de São Paulo. "Arte Latinoamericano de los Noventa", no Art and Culture Center of Hollywood. "Bienal Brasil Século XX", na Fundação da Bienal de São Paulo. "América" no MASP, São Paulo. "Os novos viajantes", no SESC Pompéia, São Paulo. "Paisagens", na Galeria São Paulo. Em julho, o artista foi convidado para participar do prêmio MARCO, no Monterrey Museum of Contemporary Art. A obra enviada, um políptico intitulado "Marcas na tela", passou a fazer parte do acervo do museu. Além dessas, realizou três exposições individuais: em maio, na Durini Gallery, em Londres. Em outubro e dezembro "Siron Franco – pinturas recentes", montadas na Bolsa de Artes em Porto Alegre e na Elite Fine Arts, em Coral Gables, respectivamente.
1995 - Participa das seguintes coletivas: "Rio Mystères et Frontières" – Musée de Puly, Suíça e também no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro e no Salão Preto e Branco do Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro. Destacam-se as seguintes exposições individuais: "Via Sacra" – BRB Galeria em Brasília; "Objetos Mágicos" – exposição itinerante, Museu de Arte de São Paulo; Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro. Galeria Marina Potrich em Goiânia; ARIA, Recife, e, Palácio do Itamaraty, Brasília. No dia 7 de julho nasce Camila Freitas Franco, a primeira neta do artista.
1996 - Participa de exposições individuais, tais como "Pinturas Recentes", no Escritório de Arte da Bahia, Salvador. "Embalagens e Objetos Mágicos" na Fundação Banco Patrícios, Buenos Aires, Argentina. Participa das seguintes coletivas: "UECLAA Highlights", no Bolivar Hall, Londres. Arte Brasileira Contemporânea, Brasilianische Kunst der Gegenwart – exposição comemorativa dos 100 anos da Bayer – Leverkusen, Alemanha e Dormagen também na Alemanha. Museu de Arte Moderna de São Paulo. Utopia, Casa das Rosas, São Paulo. "10 Artistas Brasileiros", Museu de Arte Contemporânea do Chile, Santiago, Chile. "Off Biennial", Museu da Escultura Brasileira, São Paulo.
1997 - Faz exposições individuais em Belo Horizonte, na Galeria de Arte Manoel Macedo, "Curtume" e "Instalação dos 7 Ministérios", MUBE, Salvador, Bahia.
1998 - O artista apresenta exposições individuais em Curitiba, com "Visões" na Simões de Assis Galeria de Arte. "Siron Franco – Pinturas dos 70 aos 90, Retrospectiva", no Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro e Pinacoteca do Estado (Pavilhão Manoel da Nóbrega, Parque Ibirapuera), São Paulo.
1999 - Este foi um ano de muito trabalho e muitas exposições. Fez a coletiva "A Resacralização da Arte" – SESC Pompéia em São Paulo. As individuais: "Siron Franco: Mostra Retrospectiva MARGS", Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli, em Porto Alegre. "A vida Bate – Pinturas sobre papel", Museu Brasileiro da Escultura - MuBE, São Paulo. "Pinturas Recentes", Bolsa de Arte, Porto Alegre. Instalação "Salvai Nossas Almas", 2,8 mil roupas manchadas de sangue sobre lona, reproduzindo uma folha de jornal gigantesca, com ampliações de notícias verídicas veiculadas pela imprensa (de 1995 a 1999), denunciando a violência contra mulheres e crimes relacionados à pedofilia, na Esplanada dos Ministérios, Brasília.
2000 - Participa do maior evento cultural do país, Mostra do Redescobrimento, com a exposição "Brasil 500 anos", Fundação Bienal, Pavilhão Bienal de São Paulo. Além desse trabalho, apresenta exposições individuais, como: "Casulos" no Foyer do Teatro Nacional Cláudio Santoro, em Brasília. "Cocoons" Ims Lesters Rooms, em Londres, Inglaterra. "Siron 800 vezes – Cerâmicas", no Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro. "A vida Bate" – Pinturas sobre papel – Museu de Arte Contemporânea de Goiás, Goiânia, levada também para Porto Alegre, no Centro Cultural APLUB. Série "O que vi pela TV" no Elite Fine Art em Coral Gables, EUA.
2001 - Participa da exposição coletiva "Itinerância da Mostra do Redescobrimento" pelo Brasil e exterior. Apesar do excesso de trabalho, expõe, ainda, individualmente: "Vestígios – Série Césio", (Camas – objetos escultóricos). Fundação Jayme Câmara em Goiânia. "Casulos", Centro Cultural APLUB, em Porto Alegre. Galeria Nara Roesler em São Paulo. Capela do Solar do Unhão, Salvador. "Siron Cerâmicas" (placas esmaltadas). Foyer do Teatro Nacional Cláudio Santoro, em Brasília. No dia 14 de junho nasce Carolina Freitas Franco, sua segunda neta.
2002 - Participa de várias exposições individuais: Instalação "Intolerância", no Memorial da Liberdade, em São Paulo. "Desenhos Siron Franco" Galeria Paulo Darzé, Salvador. No dia 4 de julho nasce Isis Xavier Franco, a terceira filha do artista.
2003 - Siron participa da 8a. Bienal de Havana em Cuba com a instalação "Intolerância".
2005 - Nasce no dia 22 de agosto, em Athens, Georgia, nos Estados Unidos, Fernando Henrique Franco Millán, o primeiro neto do artista.
2006 - Exposição no Museu Oscar Niemeyer, Curitiba, PR. Exposição no Instituto Tomie Ohtake, São Paulo, SP. Exposição, Galeria Nara Roesler, São Paulo, SP.
2007 - Exposição no Espaço Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro, RJ. Centro da Cidade.
2012 - Exposição "Brasil Cerrado" no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
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