Gustavo Pérez Monzón, (Sancti Spiritus, Cuba, 1956) é um dos artistas cubanos mais enigmáticos do final do século XX. Ele foi reconhecido no início dos anos 80 por sua destacada participação no Volume Um, uma exposição emblemática que abriu as portas de uma nova era à arte cubana.
Enquanto a maioria da nova geração de artistas impôs um discurso direto, agressivo e não conformista, Pérez Monzón optou por um caminho de exploração interior, mais próximo da herança espiritualista da geração de Orígenes. No entanto, em seu trabalho, lemos as marcas das influências formais da época, como o conceitualismo e o minimalismo que, à sua maneira, foram uma referência importante durante o início do derretimento da arte cubana no início daquela época.
A decisão pessoal do artista de silenciar abruptamente sua carreira no momento de seu maior esplendor e reconhecimento (em meados da década de 1980), fez sua criação a partir desse momento para se concentrar em projetos pedagógicos que culminam em trabalho contínuo no Centro Morelense do Artes de Cuernavaca, México.
Com o passar do tempo e como “rara avis” no ambiente em que foram produzidos, seus trabalhos conseguiram ganhar o mérito da resistência silenciosa, como evidenciado pela exposição TRAMAS, retrospectiva apresentada pela coleção Ella Fontanals-Cisneros no Museu de Belas Artes da Cidade de Havana e CIFO Art Space em Miami.
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